A UNICA esteve em peso, Sábado dia 22 de Outubro, no 105º aniversário do Clube Recreativo de Instrução Sobredense. Um monumental espectáculo e dezenas de actuações levadas a cabo por associações e colectividades. Uma roda viva de talento a que a UNICA prontamente se associou em duas frentes; TUNICA e Grupo de Viola e Cavaquinho. O Sobredense esteve ao rubro, aplausos efusivos e vozes em uníssono, cantando os clássicos da música portuguesa, escolhas pertinentes dos professores da UNICA, Anabela (canto) e Lino Madruga (música).
Seis canções entoadas pelas gargantas afinadas dos alunos da UNICA, entre outros mais audaciosas que afincados tocavam o seu instrumento. Se Sábado foi um dia atarefado, o auditório repleto de público entusiástico que aplaudia ou cantarolava canções de sempre. Muitos quiseram registar o momento, telemóvel em riste, 'flashadas' sucessivas aos artistas do dia que do palco do Sobredense contagiaram o público.
Já passava das 17.30 quando mais de 20 alunos, elementos da Tuna da Universidade Intergeracional do Concelho Almada, tomaram de assalto o palco. Entre os nervos de quem queria representar impecavelmente a sua comunidade, sorrisos rasgados e uma vontade tão grande de cantar. Anabela, a professora de canto é um pilar, e a confiança que nela depositam, conforta-os. Em olhares cúmplices, percebemos 'tudo vai correr bem' e o coro enternece, exaltando felicidade em plenos pulmões para assim espantar todos os males. 'Há sempre música entre nós', o que diria Dina se à socapa os estivesse a ver? Também se escutou Fado, 'Lisboa Menina e Moça', fez estremecer as paredes do Sobredense, as palavras de José Carlos Ary dos Santos na melodia composta por Paulo de Carvalho. E se alguém pensou que a TUNICA daria tréguas aos saudosos corações, enganou-se, 'Guitarra Toca Baixinho' evocando Francisco José, foi a oportunidade para que os tímidos juntassem as vozes aos mais destemidos, entoando o refrão
'É hora, de dar-lhe todo bem que há no meu peito
Dizer-lhe Deus também tenho direito
De amá-la como nunca amei ninguém!'
Não havia tempo a perder, o grupo de Viola e Cavaquinho da UNICA, formado há 1 ano pela dedicação do professor Lino Madruga e o engenho dos seus alunos. Música tradicional, a que define a identidade portuguesa. Juntam-se diversos instrumentos do universo popular; pandeireta, bombo ou tréculas que em harmonia dão início a 'uma linda brincadeira' reconhecida aos primeiros acordes como o 'Bailinho da Madeira'. Segue outra moda 'Ó minha rosinha eu hei-de te amar' e de abalada uma canção de esperança e liberdade 'Uma gaivota voava voava'.